poema publicado en la Revista portuguesa "BIBLIA", en el numero 25, editada por Tiago Gomes
autor:
Sujeito.quasi
VULVA MATER
Viro-me na vigilla para a Vulva,
a egrégia Vulva primeira de vossos tempos passados.
A Vulva, sem vácuo, vibrante e vertiginosa,
Vulva Mater, vingativa com os dentes.
VEJO A VULVA VAMPIRA DE DENTES CERRADOS,
A Vagina Dentada, rainha de petits morts,
Vulva membrana mucasa saugadora, orquídea vúlviva
E a Visao Vincula as vulvas:
As volvas da serpente e ás vulvas do cogumelo e ás vulvas do bivalve
(vejamos: as da vieira).
Volto ás volvas da serpente que por ser dentada é vibora;
V Í V O R A V I T O R I O S A ! ! !
o cavaleiro vascôncio ou vândalo contra a frágil virgem pela forte virgem
Pela vulva viva vermelha de vampira vernante de dentes.
PELA VAGINA-DENTATA: DENTATA NO FALO
Obelisco egípcio ( de pedra)
Raio de sol petrificado (de pedra)
Falo brilhando para cima/em círculo: em cromeleque (de pedra)
umpo de falos em forma de vulva vivificante e fertil.
Vulva vernante cheia,
V ó r t i c e ú b e r e, u m b i g o l u n a r,
E o varao, valete ou varlete, e seu mestre cavaleiro
Procuram a Vulva voluptuosa e sempre vacante na vanguarda
Na vertigem do fin dos tempos. A Vulva-Origen do Mundo
DE SEIVA VERMELHA VINCADA.
Vímara Peres pela Vulva-vagem-protectora; o Condestável Nuno Álvares pela
BAINHA DO FALO. FACA. LAMINA CONQUISTADORA CREPUSCULAR
O vagido da Vala Vulva comum mundana
É A VAGA DAS VALQUÍRIAS
É a vaga oceanica, é o mar português de águas verdes.
"O pénis que se quer verdadeiramente português é um mastro!",
o centro móbil, mais também proa e quilha,
vante que rompe e abre caminhos e penetra no ar, na água, ondas e oceano
das Vulvas volcânicas, flâmicas:
V U L V A D E F O G O
queimando corpos de homens perdidos,
VAGIDO DE SEREIAS NO MAR.
Bruxeleando, bruxas sobre as cabeças dos homens num mar tenebroso -beltenebroso-
Stella Maris e Vulva Mater (com os dentes em forma de estrela)
Vulva mariana sempre virgem,
A pesar do Filho do Filho
do homem do Homem único e maior
Sem elo á vulva a nao ser pela mandorla aberta do Pantocrator. É a amêndoa valar,
Crua e Doce.
Que sopra em vagas á flor.
E a vaga vaporifera venenosa da orquídea Vanda.
Vulva varonil ariana. Vulva virgem e viúva: Viúva negra:
Vulva Negra da Aranha.
E a vulva com lábios de língua lésbica liga. Lambe a lésbica língua dos lábios da vulva?
A VAGINA LIVRE DO GINETE É VIVA POR VÉNUS E VULCANO, NO MINETE. SIM, E
AS VINTE VIRGENS VESTAIS VILIPENDIAM A VITALIDADE VULVAR, RAGAN O VENTRE E QUEBRAM O CICLO
MENSTRUAL
que afogara as forças testiculares e teluricas do Pai;
a Máe, de vagina aberta, canal de passagem do vácuo vórtice,
que com minha mao sobre ela se fecha em boca fechada e assim fala(phala?):
o falo falível, o fin dos vasos dos liquidos sémen sangue saliva suor
pinga na água vúlvica da Vulva últimavulva morta,
dura e morta como as valvas dos bivalves nos vales abertos
(vejamos: a vieira que vive no meu nome vivo),
nas vascas da vasa da Vulva.
Na vasa, afogam-se as funçóes, que sao afirmaçoes particulares.
Que se afirman verbalmente, verbo da boca. Centro.
Ceres e Afrodite. Gaia. As Musas e as Hárpias. As Bacantes.
Nao son mais do que funçoes (gregas) de um outro centro. De uma outra boca.
O vórtice da origem e da entropia: Vulva Mater revisitada.
O ETERNO RETORNO N?O ? MAIS DO QUE O DESEJO
De nos recolhermose nos aconchegarmos nesses cantos, nesses fundos
Da caverna ou cova que eu canto.
Palcos volúveis para ritos de antiga e nova natureza.